Você sabia que a Mercedes já foi Tyrrell e a Red Bull era a Stewart?

06/05/2015 22:14

Você sabia que, de um jeito ou de outro, equipes como Tyrrell, Jordan ou Minardi continuam no grid da Fórmula 1? A categoria tem uma espécie de árvore genealógica, ajudando a perpetuar sua história – e causando algumas associações curiosas.

Do atual grid, apenas Ferrari, que participa do campeonato desde a primeira edição, em 1950, McLaren (na F-1 desde 1966) e Williams (desde 1977) nunca mudaram de nome. Os sete times restantes, por sua vez, têm as mais variadas origens.

De Tyrrell a Mercedes
A 'linhagem' mais antiga é dos atuais campeões mundiais e líderes do campeonato, a Mercedes. O time de hoje, baseado em Brackley, na Inglaterra, nada tem a ver com as dominantes Flechas de Prata da década de 1950. Na verdade, um acidente em Le Mans, ainda em 1955, afastou a marca alemã das corridas por décadas.

A história da atual Mercedes começa com a Tyrrell, formada em 1958 por um dos mais lendários chefes de equipe da história da Fórmula 1, Ken Tyrrell, e dona de um título de construtores e três de pilotos, com Jackie Stewart. Em 1997, o time foi comprado pela British American Tobacco, tornando-se a BAR a partir de 1999.

A empresa de cigarros venderia o time para a Honda em 2004 e uma nova mudança de nome se seguiu dois anos depois. A equipe de fábrica da Honda passaria por altos e baixos até os japoneses deixarem a categoria no final de 2008.

A estrutura foi comprada às pressas por Ross Brawn, então chefe do time, no que foi provavelmente o negócio mais lucrativo da história da F-1: o carro que os japoneses tinham construído sob comando do britânico dominaria a temporada 2009, venceria o campeonato com o nome de Brawn e o time seria novamente vendido ao final do ano, agora para a Mercedes. Na quarta temporada, os alemães também foram campeões usando a mesma fábrica de Brackley.

De Toleman a Lotus. Mas não aquela
Outra linhagem que desafia o tempo começou em 1981 com a Toleman. Ao final de 1985, o time foi vendido para a família Benetton, que deu seu nome ao projeto até a temporada 2001. A Benetton foi bicampeã com Michael Schumacher em 1994 e 1995 e foi por muitos anos comandada por Flavio Briatore. O italiano seguiu à frente do time após a venda para a Renault, até que os franceses venderam a equipe, também depois de outro bicampeonato, com Fernando Alonso em 2005 e 2006, para um grupo de investimento baseado em Luxemburgo.

A Genii Capital entrou em acordo com a Lotus Cars e o time passou a se chamar Lotus. Porém, a equipe nada tem a ver com o lendário Team Lotus, estabelecido por Colin Chapman em 1954 e detentor de sete títulos de equipes e seis de pilotos.

De Stewart a Red Bull
Com direito a pintura baseada nas famosas estampas escocesa, a Stewart Grand Prix foi formada pelo tricampeão Jackie Stewart e seu filho, Paul, em 1996, e chegou a contar com Rubens Barrichello. O time foi vendido para a Ford logo em seguida e, no final de 1999, a marca resolveu promover sua marca Jaguar, renomeando-o.

O projeto naufragou e a Ford acabou vendendo o espólio em 2004 para a Red Bull. Seis anos de um pesado investimento depois, o time conquistaria o primeiro de seus quatro títulos.

Minardi, Sauber e Jordan
A nanica Minardi, formada em 1985, saiu de sua posição costumeira no fim do grid quando foi comprada pela Red Bull e se tornou a Toro Rosso, em 2006. Com o dinheiro austríaco, o time chegou a vencer uma corrida, na Itália, em 2008, com Sebastian Vettel.

A antiga Jordan, formada por Eddie Jordan em 1991, também segue no grid. Em decadência depois de vencer quatro corridas em sua história, foi vendida e se tornou primeiro Midland em 2006 e Spyker em 2007 antes de ser adquirida pelo indiano Vijat Mallya e virar Force India.

A Sauber, por sua vez, apesar de continuar com o nome original e ainda ser propriedade de Peter Sauber, como em sua estreia na F-1, em 1993. Porém, em 2006, o suíço chegou a vender o negócio para a BMW. Com isso, o time chegou a sua primeira e única vitória até aqui, no GP do Canadá de 2008, com Robert Kubica. Porém, no ano seguinte, os alemães retiraram seu investimento e Peter Sauber retomou o controle.

A 'caçula' da turma é a Manor, que também retornou ao nome original neste ano. O time foi inscrito em 2010, como Virgin, sendo vendido para os russos da Marussia no ano seguinte.

 

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